O Dia Internacional das Mulheres e o mercado de TI para elas

Uma luta de mais de 100 anos com marchas, flores e números

No dia 08 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. Nessa data, anualmente, elas recebem flores, chocolates e mensagens (online e offline). Mas nem sempre tudo foi tão “fofo” como parece. Normalmente, vemos por aí textos sobre a origem da comemoração se referindo ao fato ocorrido em 1911, em Nova York, quando um incêndio na fábrica têxtil Triangle Shirtwaist matou 123 trabalhadoras (e 23 homens) que exerciam suas funções em condições precárias. Isso aconteceu no dia 25 de março, e a tragédia foi abraçada como um símbolo que alertava para que trabalhadoras abrissem os olhos, se conscientizassem e não fossem mais submissas, nem exploradas.

A origem da data

Sabemos que (pelo menos nos Estados Unidos) tudo começou no dia 28 de fevereiro de 1909, quando mulheres saíram às ruas para marchar por seus direitos e melhores condições de trabalho. Logo, a ideia das manifestações se espalhou pelo mundo e aconteceu em várias capitais de forma relevante. O Dia Internacional da Mulher celebrado em 8 de março, como conhecemos hoje, começou na Rússia, em 1917, com uma greve de operárias têxteis de São Petersburgo. O evento, agregando manifestantes que bradavam contra a guerra, contra a fome e contra o governo, tomou proporções expressivas, reunindo 90 mil pessoas ou mais, foi o estopim para a Revolução Russa que ocorreu na sequência. Ufa, que bela caminhada foi inspirada por essas autênticas feministas!

As mulheres no mercado de TI

Contudo, ainda temos muitas mudanças a serem feitas. E uma delas é no cenário da tecnologia. Você sabia que a participação feminina nas funções relacionadas à informática, no mundo, não passa de 10%? Isso mesmo, segundo dados apresentados no evento Women in Tech, realizado pela CA Technologies em São Paulo, 100 anos depois da Revolução Russa, apenas 8% das vagas de desenvolvedores de todo o mundo e 11% dos cargos executivos das empresas de tecnologia no Vale do Silício (EUA) são ocupados por mulheres. Paralelamente, o Estudo sobre Desigualdade no Recrutamento de Profissionais de Tecnologia e Negócios, feito pela Revelo, aponta que apenas 7% dos desenvolvedores de sua base de talentos são mulheres. Já a Workana concluiu que a área de TI , no geral, conta com somente 6% de mulheres em nosso país. 

As TI GIRLS

Por isso, na semana da mulher, a Hostnet resolveu dar uma forcinha apresentando essas mentes brilhantes que muitas vezes caem no esquecimento e jamais podem deixar de ser fonte de inspiração e empoderamento femininos. Estamos falando de Ada Lovelace, Grace Hopper e Margaret Hamilton. Vamos chamá-las, carinhosamente, de TI Girls!

Ada Lovelace – nascida em 1815, essa mulher à frente de seu tempo (e dos homens do seu tempo) foi a primeira programadora do mundo! Pelos seus feitos é homenageada anualmente no Ada Lovelace Day, 15 de outubro. Em 1843, Ada, ao traduzir os trabalhos do matemático Charles Babbage, que inventou o primeiro computador genérico, percebeu que a máquina seria capaz de muito mais coisas, e seguiu fazendo anotações ao longo do texto, essas observações renderam mais conteúdo do que a própria tradução. Nessas anotações, ela criou um algoritmo que conferiu à máquina a capacidade de computar uma série de números complexos, conhecidos como princípio de Bernoulli. Em outras palavras: Lovelace escreveu o primeiro programa de computador do mundo! Ela era filha do poeta Lord Byron e de Anabella (uma grande estudiosa de matemática); teve uma educação privilegiada incomum para mulheres na época; tinha a poesia no sangue e os números na cabeça; portadora de uma personalidade excêntrica (conciliava os estudos com casamento, cinco filhos, bebidas e jogos); não foi reconhecida no seu tempo (o mérito com a programação chegou quase meio século após o seu falecimento – quando Alan Turing se referiu ao trabalho dela em seus estudos); foi Condessa de Lovelace e recebeu do amigo e mentor Babbage, o apelido de “Feiticeira dos Números”. Em 1979, o departamento de defesa dos Estados Unidos nomeou um código de linguagem como “Ada”, em sua honra.

Grace Hopper – ela nasceu em 1906, seu traço mais marcante desde a infância foi a curiosidade. Graduou-se como bacharel em Matemática e Física, concluiu o mestrado e posteriormente conquistou seu Ph.D. em Matemática. Casou com um de seus professores e se divorciou 15 anos depois. Ocupou o cargo de analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos nas décadas de 40 e 50, chegando a patente de almirante. Não bastasse tudo isso, numa época em que as mulheres ainda eram educadas “para casarem” e terem filhos, Grace foi a criadora da linguagem de programação Flow-Matic, hoje extinta, mas fundamental para o desenvolvimento COBOL (Common Business Oriented Language); a primeira linguagem de programação de computadores a se aproximar da linguagem humana ao invés da linguagem de máquina. Hopper se destacou como uma das primeiras programadoras do Harvard Mark I, também conhecido como a Calculadora Automática Controlada por Sequência, em 1944. Em 1998, recebeu a honra de ter seu nome em um navio da Marinha – o contratorpedeiro USS Hopper . Além disso, muitos acreditam que é de sua autoria o termo “bug” usado para designar uma falha num código-fonte – surgiu quando Grace tentava achar um problema no seu computador. Quando descobriu o problema, ela percebeu que havia um inseto morto no interior da máquina. Desde então, o termo bug passou a ser usado (existem outras versões sobre o nascimento da expressão).

 

Margaret Hamilton – a estadunidense, cientista da computação, engenheira de software e empresária, nasceu em 17 de agosto de 1936. Foi diretora da Divisão de Software no Laboratório de Instrumentação do MIT, onde, com sua equipe, desenvolveu o programa de voo usado no projeto Apollo 11, a primeira missão tripulada à Lua. O software de Hamilton impediu que o pouso na Lua fosse abortado. Mas lógico que sua vida em pesquisas é muito mais extensa, Margaret publicou mais de 130 artigos, atas e relatórios relacionados aos 60 projetos e seis programas importantes nos quais ela esteve envolvida. Em 22 de Novembro de 2016 ela foi premiada com a Medalha Presidencial da Liberdade pelo presidente dos EUA Barack Obama. Margaret Hamilton foi CEO de 1976 a 1984 de uma empresa co-fundada por ela, chamada Higher Order Software (HOS), que criou um produto chamado USE.IT. Em 1986 ela fundou sua própria empresa, a Hamilton Technologies Inc com sede em Cambridge, Massachusetts. A companhia foi desenvolvida com base em seu paradigma para Sistemas e Design de Software Development Before the Fact (em tradução livre para o português ficaria algo como: Desenvolvimento Antes do Fato). Margaret Hamilton é creditada por ter criado o termo “engenharia de software”. Ela foi uma das desenvolvedoras dos conceitos de computação paralela, priority scheduling, teste de sistema, e capacidade de decisão com integração humana, tais como mostradores de prioridade que viriam a ser o fundamento do design de software ultra confiável

As “TI Girls” simplesmente arrasaram, e não foram só elas: Mary Kenneth Keller (que era freira e cientista), a atriz Hedy Lamarr (co-inventora do sistema que serviu de base para a atual telefonia celular), entre outras fizeram e fazem a história da tecnologia desde o seu início. E quem foi mesmo que disse que lugar de mulher é na cozinha? Lugar de mulher é onde ela quiser!

Parabéns a todas!

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