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Dia Internacional da Mulher e o brilhantismo de Marian Croak

Mulheres na Tecnologia: Marian Croak, da Psicologia Social à vice-presidência de engenharia do Google

Mulheres são destaque na ciência e na tecnologia há mais de 100 anos, mas pouco ou nada se fala (em livros e na mídia) sobre a representatividade feminina na criação e desenvolvimento da tecnologia mundial. Anualmente, nós da Hostnet, homenageamos feras da TI no dia 08 de março. Dessa vez não será diferente, você vai conhecer a trajetória de Marian Croak, que atualmente é vice-presidente de engenharia do Google. 

Dia Internacional da Mulher – celebrado em 8 de março, como conhecemos, teve início na Rússia, em 1917, com uma greve de operárias têxteis de São Petersburgo. O evento reuniu 90 mil pessoas ao ganhar adesão do público que se manifestava contra a guerra, a fome e o governo. E esse foi o estopim para a Revolução Russa que veio em seguida. 

No entanto, é comum vermos por aí textos sobre a origem da comemoração se referindo ao fato ocorrido em 1911, em Nova York, quando um incêndio na fábrica têxtil Triangle Shirtwaist matou 123 operárias (e 23 homens) que exerciam suas funções em condições precárias. Isso aconteceu no dia 25 de março, e a tragédia foi abraçada como um símbolo que alertava para que as trabalhadoras abrissem os olhos, se conscientizassem e não fossem mais submissas, nem exploradas. Enfim, o fato histórico não foi no dia 8 de março, mas é uma referência que não pode ser apagada.

Mulheres e o mercado de tecnologia

A equidade (busca por igualdade considerando a realidade prática encontrada) de gênero continua sendo um sonho. Temos muitas mudanças a serem feitas em todos os setores e na área de tecnologia não é diferente.

A participação feminina nas funções relacionadas à informática, no mundo, não passa de 10% – esse dado foi apresentado no evento Women in Tech, realizado pela CA Technologies, em São Paulo, em 2017. O estudo mostrou, ainda, que apenas 8% das vagas de desenvolvedores de todo o planeta e 11% dos cargos executivos das empresas de tecnologia no Vale do Silício (EUA) são ocupados por mulheres. 

Paralelamente, o estudo sobre Desigualdade no Recrutamento de Profissionais de Tecnologia e Negócios, feito pela Revelo, aponta que apenas 7% dos desenvolvedores de sua base de talentos são do sexo feminino. Já a Workana concluiu que a área de TI, no geral, conta com somente 6% de mulheres em nosso país. Para embasar estas informações, de acordo com o IBGE, apenas 20% dos profissionais de TI são mulheres. 

Sim, é verdade que as mulheres avançam no setor de tecnologia, contudo a disparidade salarial em relação aos homens ainda é gritante. Dados da Secretaria Especial da Previdência e do Trabalho mostram que a diferença entre salários chega a R$1.700.

Isso desestimula a presença delas no mercado, mesmo que ocupem boa parte das vagas em áreas tecnológicas em instituições de ensino superior.

Segundo um estudo da Revelo, antes da pandemia, o número de convites a mulheres para vagas nas profissões da área da tecnologia cresceu de 12% em 2017 para 17% em 2019. Já a diferença salarial média, que era de 22,4%, passou para 23,4% no mesmo período da pesquisa.

As dificuldades no caminho e a desigualdade salarial geram um abandono precoce do setor realizado pelas mulheres. O estudo Accenture e Girls Who Code descobriu que metade das jovens que trabalham com tecnologia deixa o setor antes dos 35 anos. O principal motivo apontado foi a cultura empresarial patriarcal. A representatividade feminina no mundo de empresas de tecnologia chega a uma proporção de 1:5 em relação ao número de homens atuantes.

A TI Girl do ano

Apesar de ser uma área notoriamente masculina, algumas mulheres não se intimidam há anos (e põe tempo nisso). Muito antes do feminismo ser uma pauta levada à sério, elas desbravaram as áreas exatas e tecnológicas e deixaram o seu legado. 

Todos os anos, homenageamos uma ou mais mulheres brilhantes ligadas à tecnologia, incluindo algumas que caíram no esquecimento ou foram apagadas da história e que jamais podem deixar de ser fonte de inspiração e empoderamento feminino. Já falamos por aqui de Ada Lovelace (escreveu o primeiro algoritmo processado por uma máquina), Grace Hopper (criadora da linguagem de programação de alto nível Flow-Matic – base para a criação do COBOL – e uma das primeiras programadoras do computador Harvard Mark, em 1944), Margaret Hamilton (diretora da Divisão de Software no Laboratório de Instrumentação do MIT, que desenvolveu o programa de voo usado no projeto Apollo 11, a primeira missão tripulada à Lua). Este ano escolhemos Marian Croak para representar nossas TI Girls!

Quem é Marian Croak

Sabe aquela reunião à longa distância pela Internet, um papo rápido pela Web ou seu estudo e trabalho realizados de forma não-presencial? Então, agradeça a Marian Croak! A base da comunicação durante a pandemia não teria sido possível sem o trabalho desse ícone da TI.

Marian Croak ingressou na AT&T em 1982 e desenvolveu a tecnologia central que torna possível a tecnologia de voz sobre IP, ampliando os recursos de áudio e videoconferência pela Internet. Doutora em psicologia e análise quantitativa pela Universidade do Sul da Califórnia, ela saiu da AT&T em 2014 e hoje é vice-presidente de Engenharia do Google, onde trabalha com foco na expansão do acesso ao serviço em mercados emergentes.

Formação e carreira

Croak cresceu em Nova York, frequentou a Universidade de Princeton e completou seus estudos de doutorado na Universidade do Sul da Califórnia em 1982, especializando-se em psicologia social e análise quantitativa.

Ingressou na AT&T no Bell Labs em 1982 com uma posição na divisão de pesquisa de Fatores Humanos, analisando como a tecnologia poderia ser usada para impactar positivamente a vida das pessoas. Posteriormente, passou a trabalhar em engenharia de rede, onde contemplou o potencial das telecomunicações digitais. Em vez de usar uma linha telefônica tradicional para comunicação de voz junto com um método digital para dados da Internet, ela e sua equipe pensaram que ambos poderiam ser feitos digitalmente com a Internet. Consequentemente, eles se concentraram em habilitar o tráfego de voz que pudesse ser confiável e de alta qualidade. Hoje, o uso generalizado da tecnologia VoIP é vital para trabalho remoto e conferência, bem como comunicações pessoais.

Marian Croak detém mais de duzentas patentes com Hossein Eslambolchi, incluindo mais de cem em relação à voz sobre IP. Foi pioneira no uso de serviços de rede telefônica para facilitar a doação do público para apelos de crise e humanitários. Ela registrou a patente para doações baseadas em texto para caridade em 2005. Essa tecnologia revolucionou a forma como as pessoas podem doar dinheiro para organizações filantrópicas. Como foi feito, por exemplo, após o terremoto de 2010 no Haiti. Na ocasião, pelo menos US$ 22 milhões foram doados dessa forma. Assim ela liderou a Arquitetura Domain 2.0 e gerenciou mais de 2.000 engenheiros.

Em 2012, Croak escreveu uma carta para jovens mulheres em tecnologia no Huffington Post. Em 2013, passou a integrar o Women in Technology Hall of Fame. Foi, também, eleita vice-presidente da ATIS, uma organização de desenvolvimento de tecnologia. Foi homenageada na 28ª Conferência Anual de Engenharia de Ciência, Tecnologia e Matemática (STEM) do Black Engineer of the Year Awards (BEYA) em Washington, D.C. em 2014. E no mesmo ano foi listada como uma das mulheres mais influentes da rede sem fio pela FierceWireless e, também, foi homenageada no Culture Shifting: A Weekend of Innovation.

No Google, onde atua como vice-presidente de engenharia, Marian Croak liderou a expansão de serviços da gigante de buscas em mercados emergentes, incluindo o gerenciamento da equipe que desenvolveu a tecnologia de comunicação inicial para o Projeto Loon, que usa balões para estender a cobertura. Ela também foi responsável por liderar a implantação de WiFi em todo o sistema ferroviário da Índia, lidando com clima extremo e alta densidade populacional.

Desde 2017, a nossa homenageada assumiu a responsabilidade pela engenharia de confiabilidade de muitos serviços do Google. Ela faz parte do conselho de administração do Centro para Holocaustos, Direitos Humanos e Educação sobre Genocídio e é membro do Corporate Advisory Board da University of Southern California. Além de tudo isso, ela é mãe de três filhos já adultos (dois homens e uma mulher).

Em 2021, foi anunciado que ela seria uma das duas primeiras mulheres negras (junto com Patricia Bath) a entrar no National Inventors Hall of Fame.

Mulheres, tecnologia e a Hostnet

A missão de desmontar estereótipos de gênero ainda é uma tarefa urgente nos dias atuais. Na verdade, é preciso que se fomente um desenvolvimento de carreira mais favorável para mulheres cientistas, pesquisadoras e empreendedoras, particularmente, em áreas tecnológicas. A Hostnet apoia ações de estímulo à pesquisa, desenvolvimento e empreendedorismo feminino. Afinal, com tantas referências históricas e atuais, como poderíamos pensar e agir de outra forma? Só não reconhece quem não quer.

À frente de unidades de franquias Hostnet, fortes mulheres desafiam as adversidades e mostram que chegaram para vencer – hoje, no Dia Internacional da Mulher, aproveitamos para agradecer e homenagear as nossas franqueadas e as colaboradoras na matriz da empresa. Muito sucesso, prosperidade, reconhecimento e respeito tanto na vida pessoal quanto na profissional. Parabéns a todas! 

Quer empreender conosco? Seja uma franqueada da Hostnet e junte-se às mulheres brilhantes da nossa rede!

 

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